Após cinco rodadas de negociações entre a diretoria do Sinttrar e a comissão formada por trabalhadores da Amaggi para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2025 com os representantes da empresa, ainda não foi possível chegar a um consenso favorável aos trabalhadores.
O principal ponto de impasse é a remuneração do tempo de espera. Em 2024, o STF decidiu que o período de espera dos motoristas deve ser considerado parte da jornada de trabalho e, portanto, remunerado integralmente. Antes dessa decisão, a Lei do Motorista (Lei 13.103/2015) estipulava que esse tempo deveria ser pago com um adicional de apenas 30% do salário-hora. Agora, com a nova determinação do STF, os períodos de inatividade forçada devem ser integralmente compensados.
A empresa, no entanto, propõe pagar 60% do salário-hora para o tempo de espera, argumentando que essa medida é essencial para a viabilidade operacional, pois alega um acumulado de prejuízos na casa dos milhões de reais.
No dia 11 de janeiro de 2024, foi realizada uma reunião online com a participação de 650 trabalhadores, na qual a maioria decidiu não aceitar a proposta de retomada do pagamento parcial pelo tempo de espera e optou por manter as negociações.
Hoje, 07 de fevereiro de 2025, ocorreu uma reunião presencial em Vilhena-RO, com a presença da comissão de trabalhadores, da diretoria e do jurídico do Sinttrar, além de representantes da Amaggi, que apresentaram suas propostas. No entanto, não houve consenso em relação à contraproposta da empresa.
Diante disso, os trabalhadores decidiram que o Sinttrar disponibilizará um link de votação no dia 10 de fevereiro de 2025. Os trabalhadores terão um prazo de 72 horas para registrar seu voto e escolher a opção que considerarem mais adequada.
